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Exmas. e Exmos. Colegas
Exmas. e Exmos. Concidadãs e Concidadãos
Para quem não veio e possa vir, venha. Para quem não veio mas não possa vir, saiba.
Excelente o trabalho da Dra. Margarida Palhinha, que, tão singular quanto esclarecidamente soube preparar com a Dra. Gertrudes Albergaria a INAUGURAÇÃO DAS SALAS COM AS PINTURAS MURAIS RESTAURADAS E A EXPOSIÇÃO DE BRINQUEDOS EM PARCERIA COM O MUSEU CARLOS MACHADO.
Excelente o trabalho do Dr. José Cruz, que, apesar dos percalços informáticos, concretizou com empenhado profissionalismo o que lhe foi solicitado.
Excelente o trabalho dos alunos envolvidos no processo.
Menos bom o do Museu, não pela disponibilidade em fazer expor peças da sua colecção no espaço da Escola, mas pelos inadmissíveis erros de datação de inúmeras peças expostas.
Se o icónico discurso do Dr. José Cruz teve a exemplaridade do seu cuidado e raro desvelo, aquilo que a Dra. Margarida Palhinha disse na entrevista à RTP-Açores não foi menos singelo e relevante. Muito interessantes os textos de ambos na informação distribuída a quem visitar a exposição.
O excelente Dr. Boanerges Melo, Presidente do Conselho Executivo, sem a desmerecer, equivoca a excelência que o excelente trabalho que organizou merece.
Tudo por causa da equívoca organização e da não menos equívoca representação que advoga e de que o seu texto é expressão também.
As medidas organizativas que abraça, tanto internamente à escola, como à externa civilidade que concebe, são capciosas, pois promovem na prática o oposto daquilo que vulgarmente as justificam.
Como tal disparate se explica?
Explica-se pela equívoca indiferenciação do discurso económico e da economia dos sujeitos que discorrem.
A expressão monetária, de particular relevância em tal processo, tem uma natureza convencional, como todo e qualquer discurso, é evidente.
Mas substancialmente difere dos demais discursos no que lha confere, isto é, as condições de vida e a disponibilidade da força de trabalho, com a rarefacção das quais se deprecia.
E é aqui que a sua atitude revela preocupantes indicadores, com repercussões internas na escola e a prazo não menos graves repercussões externas na comunidade que constituímos. Internamente isso tem já reflexos, com a exacerbação da exclusão e o favorecimento do individualismo que o comprometimento com a administração pública escolar e a presidência do governo regional abre portas no venal paradigma, que, em qualquer dos casos, impera.
É que o Dr. Boanerges Melo parece-me que não quer ainda assumir quanto a política de destruição das condições de vida e de destruição da força de trabalho, venha esta mascarada de escolaridade obrigatória, de cursos de formação profissional, de subsídio de desemprego ou de rendimento mínimo garantido, e aquela de “progresso e desenvolvimento económico”, é uma verdadeira bofetada na cara de quem trabalha cada vez mais em troca de um salário cada vez com menos valor, uma humilhante provocação para quem trabalha cada vez mais num processo sequenciado de destruição do que lhe custou tanto esforço para ostensivo gáudio de cada vez mais insaciáveis rapaces.
Não deixa de ser curioso observar que praticamente todos os paladinos e pares próximos promotores deste falacioso figurino curricular e da não menos fraudulenta organização escolar foram abandonando o ensino com cargos e reformas doiradas ou viram centralizar-se-lhes proeminentes funções internas não lectivas! Será o que almeja o bom colega Boanerges Melo? Creio que não!
Parabéns, pois, ao Dr. Boanerges Melo, em primeiro lugar, em segundo lugar aos que trabalharam para as exposições, e, enfim, também a nós outros todos pelas pinturas murais restauradas e oportuna parceria com o Museu Carlos Machado.
O meu desgosto pela marginalização e interna exclusão organizativa dos órgãos e pessoas da escola, tidos e achados, cada vez mais só, mais uma vez se comprova, para a mecânica operacionalização das decisões tão mais prepotentes quanto mais supinamente boçais das hierarquias administrativas regionais e nacionais.
Obrigado,