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Não já a fome, parece, arrasta
Massas em acção conjugada
Como outrora em hordas a tomar
Território, cereais e outros bens:
Milhares em êxodo sem força
E sem outro rei que a bandeja
Em que se entregam em massa
Às balas ou à caridade alheias!
Se não é a fome, o que é hoje
Motor activo para aqueles
Que com bombas e com balas fazem a guerra fratricida?
E onde radica a organização
De quem, aos milhares em fuga, dá alimento e atenção?
Do Milton americano no ensino.
Ao José Sócrates português.
Do Bush, do Putine, do Sarkozi.
Aos Santos de Angola.
Da Cruz Vermelha à ONU.
Tudo fala a mesma língua.
O mesmo sangue nos corpos.
Tal como a dança da abelha
Não é o caminho para a flor
Mas leva à flor a abelha,
Também a palavra e o dinheiro
Nem sendo pão nem caminho
O caminho podem indicar
E o pão dar-nos à mesa.
Qual é então o drama?
É que tal como a palavra
Pode ser a luz ou o engano
O dinheiro pode também ser
O pão ou a fome!
Porque a moeda enquanto discurso
É número.
E o número
Enquanto discurso é descontínuo.
E tal como a vida é contínua
No descontínuo de cada vida T
ambém o descontínuo do número
Não é nunca
O contínuo do fenómeno
Que o descontínuo do número expressa.
Daí o logro daqueles
Que à moeda
Só a matéria significante exaltam.
Daí o logro daqueles
Que a moeda Exacram
Sem referente e sem sentido!